Mais um texto do tipo "entendedores entenderão". A sugestão foi do meu irmão.
No centro da sala jazia o "de cujus" (ou o pouco que foi recuperado e liberado pelo departamento específico - equivalente ao CSI da série televisiva).
- "Como que não havia ao menos uma maçã?"
Do início dos tempos, onde a maçã mordida acabou com o paraíso, até o iPhone, a fruta vermelha por fora e meio que branca por dentro esteve presente em vários eventos (não necessariamente na ordem apresentada e muito menos da forma que estão descritos), como no caso do Guilherme Tell que disparou uma flecha numa maçã na cabeça do próprio filho que não fez o dever de casa; ou naquele do cientista, Isaac Newton, que estava de saco cheio da vida - até porque tinha uma insônia danada - e descansava embaixo de uma macieira quando uma maçã caiu na sua cabeça, curando seu problema, e que o fez descobrir a tal da lei da gravidade, muito usada pelos cirurgiões plásticos e andrologistas. O caso mais famoso é o da madrasta malvada que era uma bruxa, que deu a tal maçã envenenada para sua enteada e o resto aí todo mundo sabe.
- "Pois é. Em todo lugar tem maçã. Tá certo que só é encontrada a importada que é muito cara, mas não justifica. Será que ele sofreu?"
- "Dizem que foi servido frito e funcionou como na história da Branca de Neve. Provavelmente era uma parente distante da bruxa malvada sem noção."
- "Vamos embora? Já fizemos nossa parte e os mosquitinhos daqui já acabaram. Vamos atrás de alguns escorpiões e aí podemos dizer que comemos o morto."
Pela janela, as duas lagartixas saíram em busca de outra bela refeição.
Eu sou doc