12 novembro 2023

Desafios para o Enfrentamento da Invisibilidade do Trabalho de Cuidado Realizado pela Mulher no Brasil

Hoje é o segundo final de semana do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Na semana passada houve a prova de redação cujo tema ilustra o título do post de hoje (essa minha frase está se tornando repetitiva). Em 2012 eu falei a respeito num texto do "Coisas do Narrador", que você pode ler clicando aqui, e hoje vou fazer uma versão do tema, por aqui mesmo e que certamente levaria zero, mas meu intuito é diversão. Ah! Vou usar um personagem que usei outro dia também.

Depois de muito tempo surgiu um final de semana de sol e coincidiu com uma folga no trabalho, onde ela exercia as funções de auxiliar de serviços gerais (tem louça lá pra lavar também).

Acordou e o marido ainda roncava. Chegou na cozinha, ligou a cafeteira e descobriu que não havia luz. Tentou o gás, mas também acabara; nisso o roncador surgiu e falou que ia sair e que não tinha problema, porque iria tomar o café na padaria e só voltaria para o almoço.

E ela que pensara em sair para arrumar cabelo, unha e essas coisas, né.

Só que não se fez de rogada: ligou para todos os envolvidos e começou o desfile de eletricistas, homem do gás, mulher da árvore de Natal (hoje em dia tem isso), tomar conta da criança e do cachorro que teimava em subir nas pernas das pessoas ("assim que der vou castrar, eu mesma, esse bicho!").

A pior parte foi a elétrica: "dona Natasha, qual o número do apartamento?" "Ana Paula, por favor, e é o quatro".

Aí mexe aqui, mexe lá..."Vai ter que quebrar a parede porque o sujeito que construiu não quis fazer sei lá o que... pera que ele tá ligando... sim é o da dona Natasha" " Ana Paula,  caralho por favor!" "Dona Natas... Dona Ana Paula aqui não é quatro... é cinco "

Já com luz, gás e coisa e tal, providenciou o almoço, o marido chegou, ela arrumou a cozinha, pendurou a roupa que tinha colocado na máquina, o marido dormiu, ela saiu correndo para o salão, voltou toda arrumada e, quando chegou, o marido falou:

"- Ué! Onde você estava? Você não ia no cabeleireiro?

Muito puta da vida  revoltada, fez um café, encheu de rivoriba (nome modificado para preservar o medicamento e a saúde das pessoas), deu para o marido, colocou o cachorro (que sodomizava uma almofada de tartaruga - "da próxima você não escapa", ela disse) no canil, pegou a criança e largou na vizinha, pegou seu Fiat 147, achou uma garrafa antiga de absinto, incorporou Natasha e o resto vocês podem ter ideia acessando as "Histórias de Ana Paula (Natasha)" clicando no link aqui.

Eu sou doc

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