29 janeiro 2023

Que tiro foi esse?

Caráter, essência e educação não mudam. Isso não se vende na farmácia. Você já nasce com eles. "  Jojo Todinho 

 Homem é baleado pela própria arma durante ressonância magnética em São Paulo

A manchete da CNN ☝️em 18/01/2023 lembrou um outro "causo" que vou contar aqui...

Essa é a história do sujeito esquisito que tinha umas cicatrizes na face e um problema de saúde que o obrigava a fazer visitas frequentes ao "postinho" para renovar receitas.

Apresentava um déficit cognitivo que, associado a um descontrole na dose do remédio e/ou várias doses de aguardente que costumavam preencher seus dias, prejudicava o entendimento das suas demandas.

Um belo dia, ele foi ao posto sóbrio. O médico, interessado na resolução dos problemas do cliente, aproveitou a rara oportunidade para coletar dados da história, inexistentes até então.

O sujeito, então, contou que, anos antes, sofrera um acidente que ele não lembrava bem, mas sabia que ficou em coma vários dias e desenvolveu o problema de saúde atual depois disso. Além disso, havia alguma coisa que vazava secreção na nuca e que muito o incomodava.

O médico nem discutiu: trauma antigo na cabeça, problema neurológico e coisa que vazava era igual a ressonância magnética.

Muitos meses depois, a notícia da destruição de um aparelho de ressonância tomou conta das manchetes e o tal sujeito apareceu arrumado, sóbrio e com um presente para o médico.

Foi quando ele contou que o exame salvou a vida dele porque o que aconteceu no passado foi que ele tomou um tiro e o projétil ficou alojado na nuca; quando o exame começou a bala saiu, ricocheteou por toda a sala, destruiu o equipamento, todo mundo fugiu e ele saiu caminhando, trocou de roupa, passou na farmácia e comprou um band-aid para colocar na nuca.

Moral da história: quem trabalha com ressonância magnética deve usar capacete e colete a prova de balas... Afinal nunca se sabe o que vai acontecer.

Obs: Está é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com qualquer coisa que tenha acontecido pode ou não ser mera coincidência.


Eu sou doc 


22 janeiro 2023

Menino Maluquinho

“Só jogue no rio (ou no mar) o que o peixe pode comer.” Ziraldo 

Ficar de plantão aos sábados tem muitas vantagens e chega a classificar o dia como o melhor para se trabalhar... se não fosse sábado.

Uma das características boas é que a quantidade de pessoas para almoçar é menor, permitindo, à equipe da cozinha, um capricho maior no cardápio. 

Só que ontem foi peixe frito...

Eu gosto muito de peixe; por duas vezes já me aventurei na culinária de uma moqueca que é bem simples de fazer e que usa somente uma panela ou, no meu caso, um "frigideirão" que nada mais era do que um grill (gera pouca louça).

Em Portugal e na Espanha eu tive a chance de experimentar uma sardinha inteira, somente sem as vísceras, e um linguado nas mesmas condições e com toda a coluna vertebral. Dá um trabalho danado, mas é uma degustação sensacional.

No norte/nordeste brasileiro é prato obrigatório associado ou não a camarão, lagosta e outros frutos do mar.

No Hospital, quando o peixe entra no menu você já sabe desde às nove da manhã ( com direito a "replay" na parte da tarde) que geralmente é o horário, onde a iguaria entra na fritura e o odor característico impregna todas as frestas e paredes do local de trabalho, espantando antecipadamente os habituais comensais plantonistas. 

A explicação é simples: nunca fica bom, geralmente fica difícil de cortar com o auxílio de garfo e faca e, pior ainda, com o processo de mastigação. Se associarmos ao fato de que o refeitório fica próximo ao compressor de ar comprimido que insiste em "comprimir" justamente na hora do almoço e do jantar, concluímos que nem os acompanhamentos, tão sem tempero quanto o peixe, conseguiram proporcionar uma sensação agradável no raro momento de intervalo.

Na conclusão: o "peixe hospitalar" é equivalente à "carne de monstro" (fazia parte do menu dos plantões de segunda-feira) só que utiliza do celacanto (aquele que provoca maremotos).

Eu sou doc

15 janeiro 2023

Apocalipse Zumbi

" O dia ficou noite, o sol foi pro além

Eu preciso de alguém, vou até à cozinha

Encontro Carlota, a cozinheira, morta

Diante do meu pé, Zé

Eu falei, eu gritei, eu implorei

Levanta e serve um café que o mundo acabou! " (Nostradamus - Eduardo Dusek)

Lá no início da pandemia, naquele dia que eu peguei um metrô cheio na ida e que na volta o vagão estava totalmente vazio e naquele outro onde eu era o único cliente da hamburgueria ao meio dia, eu imaginei uma correria súbita com uns sujeitos esquisitos e com fome de alguma coisa diferente de hambúrguer e pizza.

Ainda bem que eu não estava lá, na praça importante de Brasília, onde aconteceu alguma coisa que incluiu um monte de gente gritando um monte de palavras de ordem e que só sabe mesmo do ocorrido aqueles que deram no pé antes dos brucutus, caveiroes e equivalentes blindados aparecerem e descerem a borracha na multidão que nem sabia direito o que estava fazendo. Aliás, acho que descrevi bem uma manifestação popular... gostei!

Ultimamente tenho me divertido com uns sonhos malucos que incluem cenas pós apocalípticas. Seria algo do tipo os zumbis estariam por lá, mas a humanidade procurava a recuperação. A noite era eterna, os carros eram velhos e os taxistas usavam aquele "1600" como modelo principal. 

Numa dessas situações eu tinha um Fusca azul calcinha que foi abalroado por outros dois carros e foi desmontando até se transformar num velocípede do tipo ferro velho, mas avaliado em cinquenta mil reais. Só que eu precisava ir em algum lugar bem longe, estava chovendo e aí eu dei a sucata para uma criança pobre e peguei um táxi mesmo.

Só que, de repente, caiu uma gosma de zumbi no meu ombro (no futuro os pombos não terão vez no quesito "bosta no ombro") e fiquei preocupado mas segui em frente.

No meio dessas insanidades surgem as situações mais inusitadas como inundações, ruínas arqueológicas e seu lá mais o que.

Ainda bem que eu me divirto com isso, já que o noticiário nunca traz nada divertido mas é tão irreal como meus sonhos. Então vamos inventando as distrações.

Eu sou doc 

08 janeiro 2023

Frio de Verão

Ontem, depois de vários meses, consegui ver  a lua cheia. No passado, eu acompanhava quase que mensalmente as aparições e fiz várias fotos e até vídeos (muitos textos também). 

Ainda bem! Hoje em dia a dificuldade é enorme porque o clima nitidamente mudou e no planalto catarinense ainda não acabou o inverno e a chuva com neblina vem de forma constante. 

Certo é que eu vim para cá em busca do frio mesmo e não tenho do que reclamar, mas que a coisa anda muito esquisita isso é verdade. 

Onde andam os 20 graus tão agradáveis para ir num parque aquático? Será que lá no litoral dá para ir à praia sem guarda chuva?

Aguardando as informações daqueles que migraram no final do ano, vamos lavando a louça que essa não é influenciada pelo clima e nunca acaba.

Eu sou doc

01 janeiro 2023

Pimentas de Ano Novo

“Para se provocar um incêndio, não é preciso fogo. Basta uma única brasa. Um único pensamento-pimenta...” Rubem Alves
 
As retrospectivas e previsões fazem parte do universo da virada do ano. Cada um tenta puxar a sardinha pra seu lado e os mais espertos fazer primeiro o pirão, quando a farinha é pouca.
 
Há quase 10 anos escrevi um texto no "Coisas do Narrador" falando (texto fala?) sobre o livro "Pimentas" de Rubem Alves, que abriu o escrito de hoje, e aproveitei a ocasião para recordar alguns ditos e acrescentar outros. Então vamos lá!

O ano que termina ensinou algumas coisas. Em casa aprendemos que adoção não é para amador, os cães Golden Retriever são lindos e bagunceiros e, claro, várias outras coisas não tão interessantes para um texto curto.

E com a pandemia? Depois de dois anos, nada de muito útil. Segundo os cientistas, a COVID não foi controlada e o uso de máscaras deveria ser obrigatório, já que a vacina só segurou um pouco o problema onde não havia mais o que fazer (o restante não estava funcionando mesmo...).
 
Com a política? Menos ainda.
 
Com os cientistas (aqueles lá da COVID)? A terra é redonda e o clima está mudando.
 
Como vemos, à exceção do grande número de artistas e famosos da velha guarda que foram levados ao outro plano, as eleições e o fiasco na Copa do Mundo, foi um ano - digamos - sossegado (será?). 

Vamos, então, procurar novas "pimentas" (são velhas, mas não estavam no outro texto) e lembrar de outras que podem voltar ou permanecerão atemporais.
 
" Não leve a vida tão a sério. Afinal você nem sairá vivo dela " Elbert Hubbard
 
" Quem não tem as manhas não entra não, sem a instrução de um profissional " Marquinhos Boiadeiro
 
" Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo o que fizemos, nós ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais... " Belchior

" Seria melhor ter ido ver o filme do Pelé (RIP) " Chaves
 
" O Papa é pop " Gessinger 
 
" Ninguém vai bater mais forte do que a vida; não importa como você vai bater e sim o quanto aguenta apanhar e continuar lutando; o quanto pode suportar e seguir em frente. É assim que se ganha." Rocky Balboa
 
" Pois é, fumar maconha não pode, mas Mensalão pode fazer de novo, né? " Samuel Rosa 
 
“ Cada vez que ouço um discurso político ou que leio os que nos dirigem, há anos que me sinto apavorado por não ouvir nada que emita um som humano. São sempre as mesmas palavras que dizem as mesmas mentiras.” Albert Camus

“ Ei Cabral! Vai tomá no c* ” Público do Rock in Rio de 2013

Feliz Ano Novo

Ah! Não podemos esquecer: " Enquanto você estiver vivo, vai ter louça " Ida Feldman

 
Eu sou doc

Money

"🎼🎶Money, so they say, is the root of all evil today  🎶" Pink Floyd Desde sempre, os comerciais na TV aberta são uma chateação,...