26 novembro 2023

A Maçã

Mais um texto do tipo "entendedores entenderão". A sugestão foi do meu irmão.

No centro da sala jazia o "de cujus" (ou o pouco que foi recuperado e liberado pelo departamento específico  - equivalente ao CSI da série televisiva).

- "Como que não havia ao menos uma maçã?"

Do início dos tempos, onde a maçã mordida acabou com o paraíso, até o iPhone, a fruta vermelha por fora e meio que branca por dentro esteve presente em vários eventos (não necessariamente na ordem apresentada e muito menos da forma que estão descritos), como no caso do  Guilherme Tell que disparou uma flecha numa maçã na cabeça do próprio filho que não fez o dever de casa; ou naquele do cientista,  Isaac Newton, que estava de saco cheio da vida - até porque tinha uma insônia danada - e descansava embaixo de uma macieira quando uma maçã caiu na sua cabeça, curando seu problema, e que o fez descobrir a tal da lei da gravidade, muito usada pelos cirurgiões plásticos e andrologistas. O caso mais famoso é o da madrasta malvada que era uma bruxa, que deu a tal maçã envenenada para sua enteada e o resto aí todo mundo sabe.

- "Pois é. Em todo lugar tem maçã. Tá certo que só é encontrada a importada que é muito cara, mas não justifica. Será que ele sofreu?"

- "Dizem que foi servido frito e funcionou como na história da Branca de Neve. Provavelmente era uma parente distante da bruxa malvada sem noção."

- "Vamos embora? Já fizemos nossa parte e os mosquitinhos daqui já acabaram. Vamos atrás de alguns escorpiões e aí podemos dizer que comemos o morto."

Pela janela, as duas lagartixas saíram em busca de outra bela refeição.

Eu sou doc

19 novembro 2023

Allaah-La-Ô

O título é para os fortes e entendedores entenderão.

Morar no Rio de Janeiro passou a contar com mais uma adversidade que é o calor insuportável. Lembro do tempo que íamos à praia sem muitos problemas além de enfrentar o 233 sem climatização; que passeavamos na Praça Saens Pena e ficávamos na porta do Metro Tijuca que tinha um ar condicionado poderoso; nos finais de semana e férias, quando íamos para a casa da vovó em Rio das Flores, levar uma japona era indispensável - mesmo no verão - porque as noites eram frias e andávamos pela cidade com lanternas na mão (era um passeio noturno familiar).

Há vários dias que a temperatura ultrapassa os quarenta graus e até o show da Taylor Swift foi cancelado devido ao calor que talvez tenha gerado a morte de uma fã.

Aí, depois que alguém morre é que resolvem liberar água e outras coisas para que os pagantes sobrevivam aos mega shows.

Eu sou doc

12 novembro 2023

Desafios para o Enfrentamento da Invisibilidade do Trabalho de Cuidado Realizado pela Mulher no Brasil

Hoje é o segundo final de semana do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Na semana passada houve a prova de redação cujo tema ilustra o título do post de hoje (essa minha frase está se tornando repetitiva). Em 2012 eu falei a respeito num texto do "Coisas do Narrador", que você pode ler clicando aqui, e hoje vou fazer uma versão do tema, por aqui mesmo e que certamente levaria zero, mas meu intuito é diversão. Ah! Vou usar um personagem que usei outro dia também.

Depois de muito tempo surgiu um final de semana de sol e coincidiu com uma folga no trabalho, onde ela exercia as funções de auxiliar de serviços gerais (tem louça lá pra lavar também).

Acordou e o marido ainda roncava. Chegou na cozinha, ligou a cafeteira e descobriu que não havia luz. Tentou o gás, mas também acabara; nisso o roncador surgiu e falou que ia sair e que não tinha problema, porque iria tomar o café na padaria e só voltaria para o almoço.

E ela que pensara em sair para arrumar cabelo, unha e essas coisas, né.

Só que não se fez de rogada: ligou para todos os envolvidos e começou o desfile de eletricistas, homem do gás, mulher da árvore de Natal (hoje em dia tem isso), tomar conta da criança e do cachorro que teimava em subir nas pernas das pessoas ("assim que der vou castrar, eu mesma, esse bicho!").

A pior parte foi a elétrica: "dona Natasha, qual o número do apartamento?" "Ana Paula, por favor, e é o quatro".

Aí mexe aqui, mexe lá..."Vai ter que quebrar a parede porque o sujeito que construiu não quis fazer sei lá o que... pera que ele tá ligando... sim é o da dona Natasha" " Ana Paula,  caralho por favor!" "Dona Natas... Dona Ana Paula aqui não é quatro... é cinco "

Já com luz, gás e coisa e tal, providenciou o almoço, o marido chegou, ela arrumou a cozinha, pendurou a roupa que tinha colocado na máquina, o marido dormiu, ela saiu correndo para o salão, voltou toda arrumada e, quando chegou, o marido falou:

"- Ué! Onde você estava? Você não ia no cabeleireiro?

Muito puta da vida  revoltada, fez um café, encheu de rivoriba (nome modificado para preservar o medicamento e a saúde das pessoas), deu para o marido, colocou o cachorro (que sodomizava uma almofada de tartaruga - "da próxima você não escapa", ela disse) no canil, pegou a criança e largou na vizinha, pegou seu Fiat 147, achou uma garrafa antiga de absinto, incorporou Natasha e o resto vocês podem ter ideia acessando as "Histórias de Ana Paula (Natasha)" clicando no link aqui.

Eu sou doc

05 novembro 2023

River Flows In You

Estamos na primavera, mas a chuva e o frio não deixam esquecer que, por aqui, o inverno dura 9 meses e os três meses restantes são divididos nas outras estações sem muita lógica. Para você ter uma ideia, até há dois dias choveu no melhor estilo "inundação" de verão e desde ontem amanhece com um frio invernal como se houvesse geada. 

Desde que fui morar em Petrópolis , há vinte anos, e depois migrei para o sul que observo melhor os caprichos da Natureza e escrevi vários textos a respeito. Um desses falava do outono e ilustrei com um vídeo com fotos de paisagens nessa estação. 

Para sonorização eu usei uma música muito bonita e que achei por acaso na Internet associada a Debussy e ao filme Crepúsculo. Só que, na minha pesquisa da época, não encontrei o nome da música e, muito menos, o momento do filme que ela surgia.

Hoje, finalmente, vi um vídeo onde surgia a música e seu nome, que é o título do texto. O compositor é coreano e seu nome artístico é Yiruma. A composição é de 2001 e foi associada ao filme por conta dos fãs, mas nunca foi aproveitada na trilha sonora.

Para ver o vídeo que resolveu a minha curiosidade clique aqui 

Para ver o meu vídeo com as fotos, clique aqui 

Para ler o texto, clique aqui 

É isso. Bom domingo.

Eu sou doc

Money

"🎼🎶Money, so they say, is the root of all evil today  🎶" Pink Floyd Desde sempre, os comerciais na TV aberta são uma chateação,...