10 março 2024

Money

"🎼🎶Money, so they say, is the root of all evil today  🎶" Pink Floyd

Desde sempre, os comerciais na TV aberta são uma chateação, daí a migração para os streamings e TV paga. Claro que a qualidade da TV aberta também é sofrível e diversão que é bom é difícil de encontrar.

Com a Internet veio o YouTube, as redes sociais, e rapidamente os comerciais surgiram: afinal os criadores de conteúdo precisam receber alguma coisa pelo seu trabalho. 

O problema é que alguns comerciais entram no meio de uma música, de um lance de futebol ou um diálogo interessante sem qualquer critério. 

Agora surgiram os sujeitos que usam as redes para chamar seguidores afim de arrecadar dinheiro de uma forma direta, como se fosse um associado do canal.

Sinceramente eu também acho isso uma chateação e logo deleto o sujeito, assim que entendo o objetivo.

Eu escrevo porque eu gosto e aqui ninguém paga nada para ler meus textos. 

Pois é...

Eu sou doc 

03 março 2024

Ponto de Vista

Toda hora surge uma babaquice novidade na mídia deles de cada dia. A antiga "TBT" ("Throwback Thursday” que em português é traduzido como “Quinta-feira do Retorno”), usada para marcar acontecimentos antigos e que era colocada, antecedida de "#", em tudo e em qualquer dia porque as pessoas não se davam ao trabalho de pesquisar o significado, começa a dar lugar ao "POV".

POV (que p***a é essa?) = Point of View" ... precisa desenho?

Resolvi, então, dar meu ponto de vista em assuntos e, talvez ,citar outros gênios do assunto.

- Feijão é uma iguaria deliciosa, só que é igual ao chuchu: não tem gosto a menos que você misture temperos ou camarão (no caso do chuchu)

- Os filmes/novelas mais chatos são aqueles que tentam imitar a vida real. A exceção fica com os documentários e aqueles baseados em fatos reais.

- O melhor horário da TV aberta começa por volta de seis da manhã e vai, no máximo, até às dez horas, principalmente aos domingos.

- O destino dos cinemas é o mesmo do vinil, disquete, cd, telefone fixo, orelhão e uma lista enorme.

- O Rio de Janeiro é único estado brasileiro que, ao invés de ouvir sertanejo, ouve funk no Spotify. Gente: aonde chegamos?!?

- No plantão, se houver chance, descanse e não invente de ler um livro ou fuçar a internet. Na amamentação o raciocínio é o mesmo: nunca sabemos quando e se teremos outra chance.

- O único momento divertido da lavagem de louça é quando você termina e faz uma escultura no escorredor.

- Qual o objetivo de secar a louça se a água evapora? (essa eu li outro dia não sei aonde).

- Há quarenta anos que a cidade do Rio de Janeiro e suas satélites começaram a ser assoladas pela dengue e ninguém resolveu o problema. Hoje já alcançou Santa Catarina e tem gente achando que vão dar jeito no problema. Tolos, né.

Pra hoje está bom. 

Eu sou doc 


25 fevereiro 2024

Feijão, feijão, feijão - parte 2

Depois de assistir a vários programas de culinária, incluindo aqueles da Ana Maria Braga de antigamente (quando tudo era feito ao vivo mesmo e não tinha essa de "já tenho um pronto aqui") chegando até o Masterchef (claro que passei pelo Top Chef  americano, pelo programa do Claude Troigros e outros mais complicados) cheguei à conclusão que cozinhar é algo muito fácil desde que você tenha um tempo maior do que uma hora ((e que a Ana Paula Padrão não faça a contagem regressiva) e que você não faça feijão.

Já disseram que o grande desafio do cozinheiro é o risoto, mas nem se compara ao feijão. A receita  que o Vinícius de Moraes deixou e eu coloquei na semana passada dá pra ter uma pequena ideia da trabalheira e a importância do grão até na literatura  brasileira.

Depois de estudar várias receitas, resolvi seguir as instruções da Rita Lobo no seu canal "Panelinha" e a parte do cozinhar funcionou muito bem (se bem que fiquei com medo de  queimar e coloquei um pouco mais de água e aí ficou um feijão mais aguado, mas nada que não possa ser consertado). Panela de pressão? Nem pensar! Foi "na unha mesmo", na panela comum.

Aí veio a parte do "congelar". Sem problemas --> comprei uns potinhos e já conclui quantos potinhos usar cada vez que eu quiser descongelar e usar. Como errei na primeira vez (um potinho só não deu), usei um feijão em conserva que tem da "Fugini" e que funcionou bem para "engrossar o caldo.

Aí veio a parte do "refogar e temperar". Fudeu 

Danou-se! "Faça o básico: cebola, alho e sal"; "use sua criatividade". Que? Teu c*! Quais as proporções? 

Enfim. Vai dar certo. Só que tem que treinar bastante. Enquanto isso, hoje vou fazer panqueca mesmo que é mais prático, receita é boa, um leite, um farinha, um ovo e só. Dá pra usar alguma criatividade. Carne moída é tranquilo (Ana Maria Braga já ensinou faz tempo)


Eu sou doc 

18 fevereiro 2024

Feijão, feijão, feijão - parte 1

Melhor mestre impossível. Segue poesia de Vinícius.

FEIJOADA À MINHA MODA

Rio de Janeiro , 1962

Amiga Helena Sangirardi 
Conforme um dia eu prometi 
Onde, confesso que esqueci 
E embora - perdoe - tão tarde 

(Melhor do que nunca!) este poeta 
Segundo manda a boa ética 
Envia-lhe a receita (poética) 
De sua feijoada completa. 

Em atenção ao adiantado 
Da hora em que abrimos o olho 
O feijão deve, já catado 
Nos esperar, feliz, de molho. 

E a cozinheira, por respeito 
À nossa mestria na arte 
Já deve ter tacado peito 
E preparado e posto à parte 

Os elementos componentes 
De um saboroso refogado 
Tais: cebolas, tomates, dentes 
De alho - e o que mais for azado 

Tudo picado desde cedo 
De feição a sempre evitar 
Qualquer contato mais... vulgar 
Às nossas nobres mãos de aedo 

Enquanto nós, a dar uns toques 
No que não nos seja a contento 
Vigiaremos o cozimento 
Tomando o nosso uísque on the rocks. 

Uma vez cozido o feijão 
(Umas quatro horas, fogo médio) 
Nós, bocejando o nosso tédio 
Nos chegaremos ao fogão 

E em elegante curvatura: 
Um pé adiante e o braço às costas 
Provaremos a rica negrura 
Por onde devem boiar postas 

De carne-seca suculenta 
Gordos paios, nédio toucinho 
(Nunca orelhas de bacorinho 
Que a tornam em excesso opulenta!) 

E - atenção! - segredo modesto 
Mas meu, no tocante à feijoada: 
Uma língua fresca pelada 
Posta a cozer com todo o resto. 

Feito o quê, retire-se caroço 
Bastante, que bem amassado 
Junta-se ao belo refogado 
De modo a ter-se um molho grosso 

Que vai de volta ao caldeirão 
No qual o poeta, em bom agouro 
Deve esparzir folhas de louro 
Com um gesto clássico e pagão. 

Inútil dizer que, entrementes 
Em chama à parte desta liça 
Devem fritar, todas contentes 
Lindas rodelas de lingüiça 

Enquanto ao lado, em fogo brando 
Desmilingüindo-se de gozo 
Deve também se estar fritando 
O torresminho delicioso 

Em cuja gordura, de resto 
(Melhor gordura nunca houve!) 
Deve depois frigir a couve 
Picada, em fogo alegre e presto. 

Uma farofa? - tem seus dias... 
Porém que seja na manteiga! 
A laranja gelada, em fatias 
(Seleta ou da Bahia) - e chega. 

Só na última cozedura 
Para levar à mesa, deixa-se 
Cair um pouco da gordura 
Da lingüiça na iguaria - e mexa-se. 

Que prazer mais um corpo pede 
Após comido um tal feijão? 
- Evidentemente uma rede 
E um gato para passar a mão... 

Dever cumprido. Nunca é vã 
A palavra de um poeta... - jamais! 
Abraça-a, em Brillat-Savarin 
O seu Vinicius de Moraes.


Eu sou doc

04 fevereiro 2024

Volta às aulas

Por aqui ainda faltam uns dias...

Lá no futuro, em outra galáxia, outros seres já estudam...

- Então, no planeta Terra, a expectativa de vida foi aumentando a partir do século XX, na contagem terráquea.

- Mas, professora, por que o planeta acabou?

- Ah! Eles pararam de cuidar da própria imunidade.

- Como assim?

- Vejam: tinha um lugar de praia, onde as pessoas iam para tomar sol e se divertir. Claro que tinham sede e fome e aí compravam uma bebida chamada mate e que misturavam com um pouco de suco de limão servidos num copinho que era um cone de papel; tinha um sujeito que servia isso carregando tudo em bombonas. Um dia acharam que não havia higiene nisso e a bebida vinha embalada de fábrica.

- Não entendi nada, professora...

- Pensem: na praia, areia pra todo lado, vento, bombonas... Ainda tinha a moça que vendia salgados e doces quase nas mesmas condições, carrocinhas de sanduíches que eles chamavam de cachorro quente e os molhos vinham em tubos abertos e sem refrigeração...

- Nossa! As pessoas não ficavam doentes?

- Sim, mas nem todas. O que acontecia é que aumentavam a própria imunidade e ficavam mais resistentes a outras doenças.

- Tá. Entendi. Mas quando eles pararam de fazer isso?

- Bom. Como eles notaram que as pessoas estavam vivendo mais, aumentaram os cuidados com a higiene (o que foi muito bom), porém exageraram ao extremo. Sem contar que em qualquer febre já tomavam antibióticos. Com o tempo as bactérias boas foram desaparecendo e a imunidade das pessoas diminuiu muito até que a raça humana foi extinta.

Pois é... Essa semana descobri que não se coloca panela na geladeira. Como será que as pessoas sobreviveram sem geladeira e sem os potinhos?🤦🤦

Eu sou doc

29 janeiro 2024

"Leave Your Ego at the Door"

Foi em 28 de janeiro de 1985...

Ontem eu não tive tempo (tive circo com a filha) e a discussão dos preços da maquiagem das noivas não pareceu um tema muito interessante (se bem que parece palhaçada, o que é coisa de circo).

Aí, num raro momento de folga dos desenhos da Barbie e outros tantos infantis, eu descobri o documentário, sobre a gravação da música "We Are The World", chamado “A Noite que Mudou o Pop".

O documentário é excepcional: as maiores vozes reunidas durante uma noite e o resultado todos conhecem (e a juventude que não conhece nada deveria conhecer).

Fica a dica. Passa na Netflix.

Ah! A frase é do Quincy Jones que dirigiu as quarenta vozes. Nem precisa desenhar.

Eu sou doc

21 janeiro 2024

Imigração

"Este é o samba do crioulo doido. A história de um compositor que durante muitos anos obedeceu o regulamento e só fez samba sobre a história do Brasil. E tome de inconfidência, abolição, proclamação, Chica da Silva, e o coitado do crioulo tendo que aprender tudo isso para o enredo da escola. Até que no ano passado escolheram um tema complicado: a atual conjuntura. Aí o crioulo endoidou de vez e saiu este samba...” (O Samba do Crioulo Doido - Sérgio Porto – 1968). 

O ano começou e muito se fala 'dum concurso para o funcionalismo público já apelidado de " Enem dos concursos". Sim é hora de mudança e progressão e isso é bem-vindo sempre. Particularmente detesto concursos  e espero não fazer mais nenhum. Até porque tenho um pesadelo que me acompanha, há tempos, de uma prova de química que, naturalmente, não estudei e me fudi  não sabia responder as questões (só pesadelo mesmo). 

Pra quem não estuda muito, um bom momento da prova seria a redação. Basta saber escrever uma ideia baseada num tema proposto lá na hora. Bem legal né? No Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) é assim e os temas costumam ser muito interessantes e Sérgio Porto usaria na descrição do seu sambinha como foi lá em 2012: “Movimento imigratório para o Brasil no século 21”. Isso dá samba-enredo não é mesmo? 

Para fazer a redação, como diria o Arnaldo, “a regra é clara”: tem que “demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita; compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo; selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista; demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários à construção da argumentação; elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.”(Fonte:Inep/MEC).

Epa! A coisa não é tão simples assim, mas tem a ver com imigração (???). Senão vejamos: Quando você muda de país, tem que conhecer o idioma, os hábitos da população, deve possuir uma meta clara, arrumar um passaporte e um visto, enfim, uma série de coisas, afinal tudo tem regra, até mesmo mudar de estado, considerando o Brasil como um país de dimensões continentais. 

Nisso a redação ficou simples, pois muita gente passa por isso e aí é moleza arrumar a cabeça e escrever direito. Na migração interna, alguns cuidados extras substituem o passaporte e o visto. O dialeto local é importantíssimo, para você não ser surpreendido, ao entrar num supermercado, e ninguém saber o que você quer dizer quando pergunta onde ficam as latas de salsicha e os pacotes de biscoito cream-cracker. Vale lembrar também que seu tão suado registro profissional só é válido no seu estado (da federação) de origem, que o reconhecimento da sua firma (assinatura) também não possui mais valor a menos que você pague mais caro por algo chamado de “sinal público”; e ainda tem o (con)fuso horário que pode ser diferente num mesmo país, e as provas realizadas ao mesmo tempo, não necessariamente te deixarão almoçar. Enfim... transformar tudo isso em samba é muito mais interessante. 

E se doido (vem de louco, maluco) é o jeito de escrever, vou abusar de toda sandice por aqui, já que o blog é meu. Alguns erros de português certamente vão acontecer só que vou evitar algumas coisinhas que leio por ai, como ANCIOSO, não colocar o “H” em “a muito tempo atrás”, trocar “mais” por “mas”, errar a concordância verbal na frase “assinarão o meu baixo assinado” (assassinaram a frase do “abaixo-assinado”); ou então achar “desepicionante certas pesoas”, quando, então, a “conversa se DESENRROLOU” e outras “pesoas ficarão amesando” e, no final, o bandido levou um tiro na “aquicila”. Foda! 

Não! Definitivamente fazer uma redação não é uma tarefa fácil. Tem que haver base, leitura e educação. Educação também falta para que as pessoas se organizem e tenham conhecimento do próprio ser. Dessa forma ninguém pariria, sem saber que estava grávida, na hora da prova; ou chegaria atrasado no concurso mais importante do ano, porque alguém ficou vendo TV. Aí ficou facil entender porque somente 60 candidatos conseguiram a nota máxima no último concurso.

Pois é! 

Eu sou doc

Money

"🎼🎶Money, so they say, is the root of all evil today  🎶" Pink Floyd Desde sempre, os comerciais na TV aberta são uma chateação,...