03 setembro 2023

Antologia

Fui elogiar o "Programa Livre", na semana passada, e olha o que deu ontem... 🤦🤦🤦

Bom... o assunto hoje é outro:

Já escrevo em blogs há muito tempo e iniciei após uma experiência bem legal com um livro que escrevi chamado "Versão Beta" e que você pode fazer o download clicando aqui.

Tenho uma ideia de fazer uma nova publicação como se fosse uma releitura, acrescentando outras ideias e corrigindo algumas coisas que ficaram para trás, mas isso é plano para mais adiante. Por enquanto eu resolvi participar de uma antologia chamada "Floresta Encantada" da Lura Editorial e os dois textos que enviei foram aprovados. 

Escolhi dentre vários que já escrevi, e adaptei para os famigerados "2500 caracteres" e isso deu um trabalho danado para não perder a ideia dos textos. Depois de algum tempo consegui concluir e hoje eu compartilho o primeiro texto com vocês. O nome é "Dançando com a Lua".

Ah! Até o dia 10 de setembro, lá no Riocentro, acontece a Bienal do Livro. É um evento obrigatório para quem mora no Rio e, quem sabe, na próxima estarei por lá falando da antologia? 

"No meio da floresta encantada existe uma casa amarela, onde mora um Mago que, outrora, fora muito poderoso; não que perdera seus poderes, mas já não era tão ágil como antigamente. Para se proteger, criou um portal de acesso à sua moradia que denominou “Fronteira Transparente”, onde havia um guardião que controlava a passagem das pessoas.

Todos que o guardião liberava eram bem recebidos. Alguns ficavam por algum tempo e assim foi com três irmãs que o Mago encontrou brincando no jardim. A mais velha, Deborah (a abelha), cuidava das menores, Ana (a Bia) e Adrielle (a Dri), enquanto elas faziam formas na areia, cobrindo com pétalas de rosa. As mãozinhas ágeis das menores (Bia devia ter uns 8 anos e Dri uns 4) criavam triângulos entre triângulos e formavam estrelas de um raro brilho, que Deborah elevou a flocos de neve (ela tinha um grande e misterioso poder). Eram fractais.

O Mago sentou numa pedra para observar melhor as formas, semelhantes e de complexidade infinita, sendo criadas, iluminando os sonhos que não seriam vistos ou as flores, esquecidas, dos caminhos percorridos. Perguntou quem eram."- Somos o que nunca aconteceu, o que foi amado e que nunca pediu o amor. O que amou, infinitamente, no universo da imaginação."

Passaram o dia e ficaram para o jantar. Logo após o anoitecer, Ana e Adrielle foram ao jardim. Seus olhinhos brilhavam ao procurar a Lua em algum lugar naquele infinito, onde outras estrelinhas haviam de brilhar também. Iniciaram, então, um rodopiar misterioso, com passinhos delicados. Pareciam estar de mãos dadas a seres invisíveis. Suas roupas iniciaram uma transformação e surgiram vestidos esvoaçantes de tecido suave, um azul e outro rosa, enquanto uma névoa absorvia os poucos feixes de luz em cores diversas e brilhantes.
Cada vez mais depressa, num ritmo musical,
pareciam multiplicadas de tão rápido que dançavam. Em dado momento, pareceu que a Lua assim entendeu, e, coberta inicialmente por um manto negro, materializou-se.

- Por que me chamaram, pequenas elementais?
-
Queríamos companhia para dançar!

Convite aceito, a Lua tirou seu manto, mostrou todo seu esplendor e dançou!

Dessa forma é que se dança sob a luz da lua: misture as cores, os contrastes e os brilhos; envolva tudo em sentimentos. O que importa é ser grandioso, maior do que se possa alcançar; deve ser livre e real; deve ter o poder de mudar tudo o que se sente; pode até ser sombrio, mas tem que ser verdadeiro. E, quem sabe, isso deve ser amor."


Eu sou doc


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