O ano era 2020 e, de um dia para o outro, a pandemia lembrou o apocalipse zumbi. Nas ruínas do que um dia fora o apartamento dos meus pais, onde passei boa parte da minha vida, eu e minha sobrinha dividimos o espaço com os poucos móveis restantes durante um tempo. O local era habitável para uma ou duas pessoas e suficientemente confortável desde que não fizesse muito calor ou muito frio.
Na cozinha tudo funcionava; a sala já não tinha mais o antigo piano e a mesa foi transferida para meu antigo quarto; o banheiro precisava de alguns reparos, não havia como aquecer o chuveiro e o banho frio era rotina que não chegava a incomodar no calor do final de verão. O quarto dos meus pais estava intacto, minha sobrinha morava nele e foi ela que teve o cuidado todo com o apartamento depois que meu pai foi morar de vez no interior.
Dividimos algumas tarefas, incluindo a louça. Depois de lavar, não havia escorredor e eu me divertia montando esculturas únicas com pratos, copos e talheres.
A ideia de fotografar veio daí... (mas usando escorredor - pena que eu não comecei antes). A ideia de um novo projeto, usando tais fotos, veio depois...
Tenho 3 blogs que estão listados por aqui em algum lugar: Contos de Fada?, Coisas do Narrador e Mais de Vinte Anos sendo que esse último descreve a vida na pandemia enquanto eu discorria sobre meus escritos.
Um dos textos teve o mesmo nome deste de hoje e falava de uma frase de Ida Feldman: "Enquanto você estiver vivo, vai ter louça" e enfeitava uma caneca que eu gostaria que ela mandasse pra mim um dia desses, já que faço propaganda e deixo até o link em azul 😆😆😆😆😆😆😆😆
Então (e finalmente) comecei esse projeto e já deixo a arte que fotografei hoje, para o deleite dos amantes da lavação (será que existem? onde vivem? o que comem?). Se você também faz esculturas de louça, mande uma foto e uma história (faça contato pelos comentários).
Eu sou doc
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