06 agosto 2023

Paixão e Fé

🎼"Deixar a sua luz brilhar no pão de todo dia
Deixar o seu amor crescer na luz de cada dia
Vai ser, vai ser, vai ter de ser, vai ser muito tranquilo
O brilho cego de paixão e Fé, faça amolada"🎶

A ideia não é falar de Milton Nascimento e Beto Guedes, mas achei o trecho muito interessante para o texto de hoje.

Seguindo no tema "gerenciamento", resolvi contar três histórias:

Durante uma inundação, um sujeito ficou preso no telhado de sua casa, sem chances de escapar. Levantou suas mãos para o céu e pediu que o deus da sua crença o salvasse. Pouco tempo depois surgiu outro sujeito, num barco a remo, oferecendo transporte, mas a resposta recebida foi: "meu deus irá me salvar". Mais adiante surgiu outro sujeito, num jet ski, oferecendo ajuda e recebeu a mesma resposta. Na sequência veio um helicóptero, um submarino (a enchente era grande), o Aquaman, o Chapolin Colorado e a resposta não se modificou.

Numa outra história, uma criança foi atropelada e levada ao pronto socorro. Enquanto aguardava a cirurgia, o pai da criança levantou suas mãos para o céu, pediu que o deus de sua crença curasse a criança e só não impediu o procedimento (ele acreditava que a criança já estava curada de forma milagrosa) porque foi detido pela polícia (tentar ele tentou, mas esbarrou num médico mais "determinado", por assim dizer).

Falar de fé e religião é muito complicado e vou usar o que acredito, mas de uma forma mais lúdica. Na primeira história, Deus receberia um e-mail (essa ideia eu tirei do filme "Todo Poderoso") com a problemática, determinaria a solução (chamaria um anjo treinado em dilúvios), mas vimos que não deu certo porque esbarrou no "livre arbítrio": o que o sujeito queria era um salvamento milagroso, parecido com aqueles que aparecem nos filmes, e aí morreu porque não entendeu a ideia do Senhor.

No segundo caso, depois da cirurgia (o baço estava rompido e foi retirado), o tal "médico determinado" foi conversar com o pai da criança (que estava desiludido com sua crença) e explicou: "o deus da sua crença evitou que seu filho morresse no local, determinou que logo fosse levado ao hospital, fez com que houvessem médicos (inclusive anestesistas) para resolver o problema e partiu para outras necessidades de outras pessoas. Entende agora como a coisa funciona?"

A terceira história eu contarei de forma diferente...

Um anjo do Senhor foi à Sua presença:
- Temos um problema. Mais uma criança com cardiopatia congênita.
- Isso já não é problema há muitos anos. Logo depois que nasce, nas consultas de rotina, é feito o diagnóstico e tudo se resolve. É só susto.
- Mas ela já tem nove anos e ainda ninguém desconfia do problema. Os médicos eram ruins.

Então, usando sua sabedoria, Ele determinou que a prima da criança recebesse a inspiração de pedir para seu pai, aquele "médico determinado", que examinasse a menina, durante uma brincadeira de uma tarde de domingo. Feito o diagnóstico, muita correria (que ficou por conta da tia da menina, esposa do médico, mãe da priminha que recebeu a inspiração, e que era mais determinada ainda) e tudo se resolveu.

Sabedor do bom desfecho, chamou aquele anjo especialista em dilúvios para começar o planejamento do destino desses médicos ruins que não estudam, não examinam e tratam as pessoas com descaso.

Precisa de desenho?


Eu sou doc 

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